Durante nossas apresentações de dança, costumamos utilizar todo nosso potencial criativo para elaborar o figurino que mas corresponda a quem somos, que combinem com a música e com a atmosfera desejada para a apresentação, enfim, damos nosso melhor, mas como é a forma que você se veste durante seus treinos ou aulas?
Tenho me preocupado com isso atualmente. Antes achava que o importante era treinar com uma roupa confortável, mostrar as partes do corpo que eram importantes pra que eu pudesse ver os movimentos no espelho, etc, mas percebi que a roupa que você utiliza em seus treinos e aulas é um detalhe que faz toda diferença. Da mesma forma especial com a qual você veste suas roupas de apresentação, deve ter um sentimento de carinho pelas suas roupas de prática, que devem ser mais confortáveis que a roupa de apresentação, mas que devem ainda te lembrar o que você está fazendo. Minhas melhores professoras sempre estavam muito bonitas durante as aulas, com um top charmoso, uma maquiagem discreta, e sempre algo na cintura.
Acho que no momento em que estamos fazendo algo relacionado à dança devemos ter a intenção de trazer tudo aquilo que a dança significa para a gente.
Percebi que quando me preocupo com isso, meus treinos e aulas são muito melhores e mais gostosos, por isso passei a fazer sempre.
O cinto, lenço, xale, moedinhas, ou qualquer outra coisa que você queira colocar na cintura merece uma atenção especial. Lembre-se que é como se você estivesse adornando a área do seu corpo onde está o que existe de mais sagrado em você o que te faz ser mulher, e por que não, a parte mais importante de nossa dança, de onde todos os movimentos brotam e terminam...
A Zoe Jakes em seu DVD instrucional faz várias menções ao belt , e percebi que além da função estética existe também uma preocupação com ganhar o costume de dançar com algo pesando na cintura e quadris... Os movimentos saem ligeiramente diferentes quando você está com alguma coisa marcando os quadris. Na dança indiana Odissi, minha professora sempre fazia questão de nos lembrar de levar um lenço, algo para marcar o tronco. No caso do tribal, a parte importante de se marcar é o quadril. Só a sensação de pressão e peso trazida pelo cinto, já automaticamente levam mais sensações a essa parte do corpo, e consequentemente, trazemos mais consciência para a dança.
Pra finalizar deixo uma última dica, sempre pratique nyasa com seus professores e mestres. Nyasa significa identificação, que no ocidente foi negativamente considerado copiar ou imitar, mas no oriente tem um valor muito bonito, afinal é o reconhecimento e admiração que nos fazem querer copiar os hábitos e atitudes positivas, e trazer tal característica admirada para dentro de nós. No caso do tópico, observe suas dançarinas preferidas e sua professora e busque, da sua maneira, assimilar a utilização de cintos, lenços e alguns acessórios nas aulas e treinos... Sua danca e sua femininilidade agradecem! =)
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Marilia, preciso passar mais vezes no seu blog. Adorei aprender o conceito de Nyasa. :-)
ResponderExcluirA questão do visual talvez seja para as novatas uma das características mais atraentes do tribal. Então, como é que poderia ficar de fora, não é mesmo? No começo, eu fazia aula de calça mole e camiseta(rs!), não só por não ter ainda apetrechos e vestuário adequados, mas até por não gostar muito de ver a minha barriga no espelho (rs!!!). Depois fui tocando o dane-se, decidi olhar para o meu corpo, afinal é o único que tenho e ele é o meu instrumento para aprender a dançar. Aprendi a usar na aula coisas simples que eu goste de olhar: uma calça de cintura bem baixa, um top de biquini, uma flor no cabelo e algo que faça volume nos quadris. Afinal... quem sou eu pra contrariar a Zoe? Rs!!!
Obrigada por partilhar suas impressões e conhecimentos.
Beijão...
Mila... É essa a idéia! Devemos nos espelhar naquelas que admiramos, e espelhar ee absorver e re-interpretar da nossa forma, colocando aquilo que é só nosso e que nos torna únicas e especiais!
ResponderExcluirNosso corpo é nosso templo, e devemos cuidar dele da melhor forma possível. É incrível como vamos conseguindo nos comunicar melhor com ele, através da nossa alimentação, movimentos e com a percepção de tudo isso.
A beleza deve brotar de dentro para fora, e nosso papel nisso tudo é não reprimir o fluxo, aquele impulso inicial de colocar uma flor no cabelo e depois pensar: ah, não...
Aceitar a simplicidade da beleza...