quinta-feira, 4 de março de 2010

Por que o ATS fala tão bem com a minha alma

Tenho pensado muito no ATS, mas não apenas em como ele influencia a minha dança, e sim como ele diz muito a respeito de como devo lidar com a vida e com a minha natureza feminina.

O ATS sempre me trouxe a imagem de uma mulher muito forte, muito madura e segura de si mesma. Uma mulher que não é mais tão jovem e inexperiente perante a vida. Notem que a própria Rachel, nessa foto abaixo (de um incrível ensaio que ela faz com a Carolena) ao se vestir com as roupas da grande mestra, automaticamente muda alguma coisa, encarna essa imagem impregnada no inconsciente coletivo que o ATS trás.




A dançarina de ATS precisa ser muito mulher mesmo, pra colocar um turbante e se sentir bonita, não se rendendo a estereótipos dos cabelos esvoaçantes ou mesmo de uma certa sensualidade, que é presente no tribal fusion mesmo não sendo seu foco principal.

Colocar um turbante, dançar entre outras mulheres sem a vontade de se destacar entre suas amigas queridas, celebrando a vida e celebrando o momento feminino, sem se importar com o que algum homem possa dizer ou pensar sobre aquilo....  Isso me arrepia e eu quero isso pra mim! Não que eu queira perder a sensualidade, o prazer e a liberdade que o fusion me traz. Mas é como se fosse um outro aspecto dentro de mim que eu quero trabalhar e evoluir. Ser uma mulher, que traz no olhar a sabedoria adquirida através da vida, que não parece ser mais nova do que é e não se envergonha nem da idade, nem do corpo, nem das experiências e nem das próprias vontades, que com o passar do tempo, vão ficando mais claras e conectadas com o coração.

Da mesma forma que um dia ouvi o chamado da dança do ventre, ouvi também o chamado do Tribal Fusion, agora o chamado é do ATS, que começa a surgir dentro de mim como um negócio, que só sossega dentro de mim quando eu danço e sinto o ATS fluir nas minhas entranhas....

Sinto nascer dentro essa mulher mais forte e assustadora, por isso mesmo tão admirável e fascinante...


(dedico esse post à minha querida amiga Rebeca Piñero)

4 comentários:

  1. Eiiiita! Que honra a minha! Querida, que lindo e que felicidade me dá saber que o ATS começa a gritar dentro de vc! Vc bem sabe que sinto o mesmo e a sua maneira de pensar e sentir essa dança é maravilhosa. Vamos construir muitas coisas juntas, pode ter certeza! Dançar entre amigas e desenvolver nossa sintonia.
    Estou muito feliz por estar acompanhando sua evolução como bailarina, continue com essa sede de aprender e como sempre digo: conte comigo!
    Beijos mulher linda!

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  2. Que coisa engraçada, parece que quanto mais o fusion se distancia do ATS mais necessidade algumas de nós vão manifestando pra voltar pra ele! Tô totalmente encantada com ATS ultimamente também!

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  3. Adorei o post! Engraçado que, acompanhando as comunidades, e pela sede de aprender e entender mais o tribal, eu comecei a convergir para as origens(ATS) também. Acho que é realmente a voz do feminino e , acima de tudo, da essência(verdadeira) do tribal que rugi nas entranhas do nosso ventre. Acho que é uma nececidade que nós começamos a carecer até devido um pouco pela carência desta arte em relação ao "fusion" no Brasil. Uma busca interna que concretiza e afirma a dança tribal do nosso ser.

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  4. "A dançarina de ATS precisa ser muito mulher mesmo, pra colocar um turbante e se sentir bonita." É verdade! E o mais curioso é que, uma vez de turbante, ela fica ainda mais linda do que poderíamos imaginar.

    Rebeca fica ótima de turbante. Eu adoro "coisas de pôr na cabeça" e um dia também quero experimentar um turbalnte. Mas nunca vi você, Marilia, usando esse acessório. Espero um dia ver!

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