Depois de um delicioso dia de praia e sol no Rio (tava precisando disso!), na noite de sábado fui conferir as performances de Tribal no Rio Orient Festival. Consegui ver apenas a Kilma e a Bia Vasconcelos, mas isso não significa que não valeu a pena ter ido... Tanto a Kilma (com participação especial do percussionista João Cassiano) quanto a Bia mandaram muito bem, e trouxeram um brilho tribal pro evento através das danças e figurinos.
O dia seguinte começou cedo pra mim. Fui a primeira a chegar no lugar do evento, antes mesmo do pessoal da organização, e olha que eu ainda cheguei uns minutinhos atrasada, mas tudo bem, com aquela vista da lagoa, nenhuma espera chega a ser desagradável...
O primeiro workshop foi o da Jhade Sharif, o tema era Dark Arts e ela explicou o que era esse estilo, qual a diferença para o gótico e o que significava o termo Dark nesse contexto. A Jhade foi super atenciosa, me deu umas dicas legais e passou uns drills interessantes! Pena que passou tão rápido...
O próximo workshop foi o da Bela Saffe. Logo no início do evento a gente trocou umas rápidas palavras e pude de imediato perceber a luz que tem essa mulher. Um sorriso sincero e tranqüilo, um workshop muito gostoso de se fazer, uma generosidade espontânea. Adorei conhece-la e ter o privilégio de aprender um pouco com quem está passos a frente na caminhada! O work foi composto de uma série de exercícios de isolamento e condicionamento, alguns dos quais eu ainda não conhecia, uma série de drills e dicas sobre os mudras, que posteriormente integraram uma coreografia muito florida de um tribal fusion com uma pitada indiana. Bela é uma grande estudiosa do Tribal, e já foi algumas vezes pra fora do Brasil, pra grandes festivais de Tribal e fez aulas simplesmente com Zoe Jakes, Rachel Brice, Mira Betz entre outras grandes deusas! Adorei conhece-la e confirmar o que sinto quando conheço as tribais: humildade, amor no coração, sintonia!
Próximo work do dia: Bia Vasconcelos. Essa menina é uma flor. Delicada e linda, deu uma aula com bastante condicionamento e alguns asanas, explicou também a diferença entre o Triba Fusion e o ATS, e focou bastante em isolamentos, drills e deslocamentos. No finalzinho passou alguns passos tradicionais do ATS. Foi bem legal pra mim para pegar novas formas de explicar o conteúdo mais básico pras minhas alunas e também dar uma reforçada nos fundamentos. Bia, assim como eu, é formada em Direito, mas a dança falou mais alto. Foi legal perceber como existem semelhanças em nossa trajetória, inclusive em relação a uma das modalidades de yoga que estudamos. Bia é uma daquelas irmãs de espírito, e com certeza iremos nos encontrar mais vezes!
O último work oficial do dia foi o da querida Kilma Farias. Eu já tinha tido a oportunidade de realizar uma vivência muito interessante com ela de uma semana numa praia paradisíaca na Bahia durante o Festival Universo Paralello, mas dessa vez, com menos gente e sem todas as distrações que a brisa, o mar e o calor podem causar, conheci uma pessoa incrível. A paixão pela dança brota de todos os poros dessa serpente nordestina, que apesar de ser menor que eu (que já me acho pequena) quando dança se torna gigantesca, tamanha força e intenção ao dançar e ao ensinar. Kilma além de amar a dança, parece também amar ensinar e isso me fascinou! A forma como consegue tornar tudo mais fácil de ser assimilado, de conduzir a aula de um jeito muito divertido e de criar um sentimento de união entre todas as presentes me fez ter certeza de que estava diante de um verdadeiro espírito tribal! Kilma passou uma seqüência coreográfica reunindo algumas combinações que aprendeu no exterior num festival chamado Spirit Of Tribes com diversas bellydancers. O resultado foi uma seqüência muito gostosa de dançar e que quebrou diversos paradigmas que todas nós vamos colocando dentro da gente sobre o que é certo e errado, mas que grandes nomes como Unmata fizeram questão de mostrar que a dança deve ser antes de tudo uma forma de expressão e não uma receita de bolo a ser seguida sem questionamentos.
Para coroar o evento, tivemos um plus ao final, com o percussionista João Cassiano, que também me encantou com sua sensibilidade artística, e junto com sua shakti Kilma fizeram uma vivência muito gostosa de ritmos brasileiros no derbak com passos de Tribal Brasil... Uma delícia!!
Como podem perceber, eu adorei ter participado do evento! Foi uma grande oportunidade de entrar em contato com as profissionais principalmente do nordeste, mas também do Rio, conectando, trocando, e aproximando da dança tribal aqui do Brasil. Unidas somos mais fortes e belas!
A única coisa que faltou na minha opinião foi a presença em peso das meninas cariocas nos works... Uma pena... Mas as coisas são como são... e o Tribes vêm aí com força pra mostrar que a cena Tribal no Brasil tá só começando!
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