No fim de semana mais importante do ano, para todas aquelas pessoas que buscam um contato maior com questões espirituais e profundas, seja pelo dia Fora do Tempo do Calendário Maya, seja pelo Guru Purnima hindu, ou pela lua cheia de leão, aconteceu um evento muito especial. E eu tive a honra e o privilégio de participar: O Tribes Brasil.
Em sua terceira edição, o evento foi perfeito em todos os momentos. Uma ótima escolha do local, que era lindo, confortável, com uma bela sala de prática com chão de madeira, espelhos generosos, e bastante luminosidade natural, com um teatro belíssimo e aconchegante. O cuidado na escolha dos workshops e oficinas e na organização do evento como um todo, com stands com produtos interessantes ao público e palestras super informativas e agregadoras de conhecimento relevante para todas aquelas e aqueles que estudam a dança.
Participei do workshop da Aline Muhana, introdutório ao ATS, no qual o enfoque foi a idéia de tribo mesmo, de o que fazia o tribal ter esse nome e essa energia, a troca de olhares, a cumplicidade entre quem dança, a transformação que a dança causa nos níveis mais sutis do nosso ser. Muito legal! Fiquei feliz por perceber que a essência tribal brota naquelas que se identificam com o estilo, independentemente da convivência e sim, de princípios, ideais, forma de viver a vida!
O segundo workshop que participei foi o da Isabel de Lorenzo, com uma abordagem mais aprofundada sobre o ATS, seus conceitos fundamentais, tanto em relação a passos e movimentos, mas também sobre estrutura e posicionamento do grupo, muita coisa!! A Isabel foi super atenciosa em tirar as dúvidas de todas nós, ávidas por conhecimento e informação... com certeza um salto técnico e evolutivo para todas aquelas que participaram do work!
Assisti também a uma palestra da Paula Braz, que na verdade era uma introdução teórica do work que ela daria em seguida. Nessa palestra, tive inúmeros insights a respeito de mim mesma, coisas obvias e claras a respeito de quem eu sou e da minha trajetória artística que nem eu mesmo já havia dado forma antes... Incrível!
No dia seguinte, participei do workshop de Tribal Fusion 2 da Geneva Bybee, que tratou principalmente de drills e seqüencias líquidas com forte influencia do hip hop. Uma delícia, sentir a dança fluir pela perspectiva da Geneva, que possui uma didática fenomenal, mesmo para aquelas que não falavam ingl&es, mostrando que barreiras de idioma não impedem que o sentimento de tribo brote e se fortaleça. Muitas fichas caíram pra mim, sobre o que é o Tribal, algumas existenciais... hehehehe... Reforcei ainda mais a certeza da necessidade de realizar workshops sempre que possível, como forma de se renovar, de reciclar, de absorver novos conhecimentos....
Além de works, não poderia deixar de citar o Show de sábado... O que foi aquilo?? Uma viagem pelo mundo das cores, sons, luzes e dança,muita dança... De excelente qualidade e nível técnico, cheias de estudo e paixão. Claramente perceptível o empenho de todas as pessoas envolvidas num show que o Tribal mostrou suas diversas faces, deixando claro que há espaço para a manifestação artística plena nesse estilo tão acolhedor e libertador...
Dancei no pocket show das 18 horas de domingo para uma platéia vibrante, num palco abençoado, que me fez me sentir super tranqüila e confortável para compartilhar aquilo que de melhor carrego dentro de mim...
Pra finalizar, percussão ao vivo, interrompendo o work de afro da Nadja, que de uma forma linda mandou todo mundo pra dentro da sala de aula, e continuou sua oficina com a sala lotada... Que momento mágico! Ainda mais para mim que tenho raízes muito profundas em danças afro brasileiras... Um momento de extase coletivo, no qual tive a honra de dançar na roda com a Nadja e com a Crystal, minha companheira nessa jornada carioca, que dançou lindamente no show de abertura ao grand show, e alguém com quem uma linda amizade está crescendo...
Tanta coisa legal... Se fosse falar de tudo o que senti, tudo o que me marcou, orgulhou, emocionou, surpreendeu, esse post ficaria maior ainda.
Sem dúvidas um evento iluminado e abençoado por todas as deusas e arquétipos da dança, que estavam presentes ali...
Gratidão!!!
E que venha o Tribes 2011, mais forte e mais belo do que nunca, alimentado pela auspiciosidade e amor de um evento como o do último fim de semana.
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Lindo de morrer o seu post Marília! Só agora vi o seu post e agradeço de coração pelos comentários tão carinhosos sobre o meu workshop e sobre toda a proidução do evento. Realmente foi um trabalho de amor e de união em que todas nós contribuimos com o nosso melhor para vocês. Espero que vc venha ao próximo tribes e continue contribuindo para a beleza e arte do nosso evento!
ResponderExcluirmil beijos!