sexta-feira, 30 de julho de 2010

Gravar os próprios treinos...

Você já experimentou se filmar enquanto pratica?  Seja treino de fundamentos, improviso ou coreografia, se filmar é muito bom!  É como se de repente você ganhasse a consciência da sua dança de fora do corpo. Nessas filmagens, você percebe se há um cotovelo mal posicionado, ou se poderia estar um pouquinho mais firme no encaixe ou na contração da musculatura abdominal inferior...  Pode observar se suas mãos estão fluindo com o movimento ou se estão abandonadas ou tensas demais...  Pode observar sua expressão e sua postura e com tudo isso pode se tornar professora de si mesma...  Nosso olhar crítico sobre nossa própria dança e nossos próprios movimentos faz maravilhas, acreditem!

Por mais estranho que pareça, a auto-perspectiva que temos na gravação é totalmente diferente da que temos a praticarmos na frente do espelho, por isso diria que tais práticas podem ser complementares e por que não, conjuntas!

Na primeira vez que você se analisar no vídeo, provavelmente rolará um sentimento de auto-vergonha gigantesco... realmente não é legal ter uma noção tão clara daquilo que ainda não está bom...   Mas passada a quebra de ego inicial, ganhamos uma ferramenta poderosa de auto correção, e tal poder pode ser observado já no seu primeiro treino com a câmera...  É como se a consciência trouxesse luz automática sobre o que pode ser feito diferente...

Pra quem treina com vídeo então, eu diria que é indispensável!  

Isso não significa que aulas ou workshops regulares não sejam fundamentais na evolução de qualquer dançarina, até por que, é sempre bom ter um feed back de alguém que também dança, e muitas vezes está a mais tempo na jornada, além de reciclarmos nossos conhecimentos e fazermos a energia fluir... Mas mais uma vez, tais práticas se complementam.

Pra dar peso a tal forma de estudo, a própria Rachel Brice, no link que ela recomenda em seu DVD Serpentine, recomenda não apenas gravar a prática, como também determinar seus objetivos baseados nessa gravação. Aliás, estou devendo meu review sobre esse DVD. Pra quem ainda não viu, a Mariana Quadros já fez o dela no blog dela, mas é sempre legal ter mais de uma perspectiva, ainda mais sobre um DVD fantástico como esse!

E você, amiga leitora dançarina, já experimentou?  Conte-nos suas experiências com essa técnica de auto-aprendizado e aperfeiçoamento!

Um comentário:

  1. Eu não consigo treinar se não tiver um espelho na minha frente. Treinar em casa é um sufoco, sinto uma falta danada da minha sala de dança toda espelhada!
    Passei a experimentar gravar minhas coreografias quando estão prontas, para ver se está apresentável. Realmente, é possível identificar um monte de erros, e a dança não aparenta tão graciosa quanto na prática, rs.
    Eu reparei, por exemplo, que eu tinha o costume de ficar com a boca aberta para respirar, e que o movimento de um dos meus braços era bem melhor do que o outro.
    Mas, por incrível que pareça, na hora de apresentar aqueles movimentos que pareciam meio travados sai lindo e maravilhosamente bem. Sei lá, acho que o meu nervosismo coopera para que a circulação do sangue aumente e os movimentos se tornam mais fáceis.

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